data-filename="retriever" style="width: 100%;">Uma sociedade vive de ciclos, ora um tipo de movimento, ora outro. Considero que o século atual é o momento de transformação. Muitos fatos marcantes e mudanças até radicais para a consciência racional humana estão em andamento. E uma cidade não fica de fora dessas transformações.
O passado de Santa Maria era uma cidade "pacata" até ela ser transformado em um polo ferroviário. Passados alguns anos virou o polo educacional e agora o que somos? Já venho afirmando que devemos encontrar um caminho para o nosso futuro, mais concreto e pelo menos mais duradouro. E, portanto, devemos fazer parte de um novo ciclo de desenvolvimento sabendo que, de fato, somos caraterizado como matriz econômica de consumo.
Leia-se um sistema que é irrigado por um fluxo de renda média contínua - renda dos funcionários públicos e demais - municipal, estadual e federal. E que o forte de nosso PIB são os serviços e o comercio e também administração pública - os três representam quase 93% de nossa formação de riqueza. O que faz com que temos uma renda per capita de R$31.074. De fato, temos que aproveitar essa renda e por isso que o seu destino maior é o consumo. Entenderam.
Pois bem, afirmo com todas as letras, que temos como matriz econômica o consumo. Consumimos desde o pãozinho diário até avião, carros, imóveis e tudo ou mais. Nos dois ciclos, tanto o ferroviário como o educacional, a cidade se configurou em uma economia de consumo. Por conseguinte, isso sendo fato, devemos perpetuar um novo ciclo dinâmico em nossa economia que advém dessa matriz. E qual é esse ciclo? Logístico de consumo.
Ele não só irá fortalecer o polo educacional como vai gerar mais potencialidade econômica, como também a economia local. Temos a condição sine quo non para tal efetivação.
A posição geográfica de nossa cidade. Sendo um polo logístico, reforçamos várias áreas como: saúde, transporte, tecnologia, enfim, o processo endógeno de desenvolvimento acontece. Não esquecendo, é claro, do fortalecimento do agronegócio (ser aqui um grande entreposto de hortifruti, cadeia do leite, oliveiras e demais culturas).
Mas temos as condições para ocorrer o polo logístico na Santa Maria da Boca do Monte? Não temos ainda, infelizmente. Têm-se ainda muitos gargalos para serem realizados através de ações para se concretizar o tal fato. Digo, estradas, aeroporto, hidrovias (se bem que rios por aqui são um pouco longe, mas poderia ser feito uma integração, com o vale do Jacuí, por exemplo) e a ferrovia.
Olhem e prestem atenção nisso. Precisamos, urgentemente, pensar no polo logístico. Veja o caso do município perto de Porto Alegre, Nova Santa Rita, iniciou um processo idêntico ao que vós falo no texto aqui, e hoje esta se consolidando como um grande entreposto de entregas. Pessoal, pessoal o "trem" passa... E ficar só pensando em questões secundárias ou pensar só em seu umbigo, o resultado não será bom no futuro.
Vamos acreditar no que de fato trás o progresso e desenvolvimento local. Sabendo que temos como palavra chave em nossa economia, o consumo, temos que sim valorizar essa vertente. Outras questões são secundárias, ou seja, "elas" podem voar, e nós aqui ficarmos em um sonho que isso nós trará o progresso. Mas, é sonho! Vamos para a realidade que trará resultado.